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Reprodução
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Reprodução

Não há muita dificuldade em se conseguir uma reprodução de bettas, porém o criador, principalmente os iniciantes devem ter muita paciência, pois o maior desafio é fazer com que os pequenos alevinos se tornem belos adultos.

Para iniciar uma reprodução de bettas, é muito importante certificar-se de que todo equipamento já está em mãos, assim, prevenindo-se, o aquariofilista não será surpreendido por possíveis contratempos, como por exemplo, uma queda brusca na temperatura da água.

Então é muito importante que um aquário de mais ou menos 15 litros , com tampa, esteja equipado com um aquecedor com termostato, evitando assim variações na temperatura, um termômetro, para que haja um constante monitoramento da temperatura da água e também algumas plantas que absorvem o nitrato originado das fezes dos peixes e também servirão de refúgio para a fêmea. Para a sustentação do ninho, o criador tem a opção de colocar um galho tratado, desde que uma parte desse galho fique para fora da água. Ou pode-se usar um pedaço de isopor ou até mesmo um copo descartável cortado. Pode-se colocar uma ou duas gotas de fungicida no aquário de criação, isso evita a proliferação de fungos. É importante que a coluna de água não ultrapasse 12 cm , pois acima disto os alevinos seriam submetidos a uma pressão muito grande. Após a eclosão dos ovos, baixe esta coluna de água para 6 cm .

Nunca coloque isopor debaixo do aquário de criação, pois isso dificultaria o trabalho dos bettas na hora de pegar os ovos, pois a cor dos ovos se confundiria à do isopor. Para resolver esse problema, pode-se colocar o aquário sobre uma superfície escura ou até mesmo um pedaço de cartolina preta no fundo.

Alimente bem o casal na semana que anteceder a reprodução pois neste período eles não vão alimentar (o macho fica até uma semana sem comer).

Com o aquário devidamente montado e colocado em um lugar de pouco movimento para não provocar eventuais sustos nos peixes, inicia-se a reprodução colocando primeiro o betta macho solto no aquário. Deixe-o acostumar bem com sua nova casa. Depois, coloque a fêmea dentro de um pote de maionese e deixe-a mergulhada em banho-maria no aquário do macho (pode se cortar o fundo do pote de plástico de maionese). O melhor a ser usado, é a parte de cima de uma garrafa pet com o bico cortado, pois isso impede a destruição do ninho feito pelo macho com o deslocamento da coluna de água. Nunca solte a fêmea sem este prévio conhecimento, pois ambos poderão brigar até a morte.

Nesta fase da reprodução, o macho começa a fazer um ninho de bolhas e constantemente rodeia o vidro da fêmea com as nadadeiras bem abertas, como se quisesse impressioná-la.

Após 24 horas desta incansável corte e observando se a fêmea está com linhas bem definidas na vertical chega a hora de soltá-la no aquário do macho. O macho tentará levá-la com insistência para debaixo do ninho, não se assuste pois essas tentativas são bem violentas e é normal que a fêmea fique um pouco machucada, logo ela se recupera.

Numa dessas violentas tentativas de levar a fêmea para debaixo do ninho, ela acaba cedendo ao macho e então começa o abraço nupcial.


Abraço Nupcial

No início deste abraço nupcial, não são expelidos da fêmea nenhum ovo, mas com o passar do tempo, o número de ovos que saem da fêmea vão aumentando gradativamente, podendo chegar até 50 ovos de cor branca amarelado.

A cada abraço nupcial a fêmea expele os ovos e o macho logo os fecunda. Então os ovos começam a cair e o macho desce para pegá-los com a boca e levá-los com todo carinho para o ninho, enquanto a fêmea fica na horizontal como se estivesse morta. Após voltar ao normal a fêmea desce e ajuda o macho na sua tarefa de levar os ovos ao ninho.

Quando os pais terminam seu trabalho, ou seja, todos os ovos já foram expelidos da fêmea e estão todos no ninho, a fêmea volta a ficar escondida e fugindo do macho, chega então a hora de tirá-la do aquário. Faça isso usando uma rede. Deixe-a em um vidro separado com fungicida para que ela possa se recuperar tranqüilamente e livre de fungos que poderiam se instalar nas lesões existentes. É muito importante lembrar que ela estava em uma água com a presença de um aquecedor então mantenha a fêmea em uma água com a mesma temperatura, isso manterá o seu metabolismo e consequentemente mais rápida será sua recuperação.

24 a 48 horas após o abraço nupcial os ovos começam a eclodir e os alevinos se mantém na posição vertical durante 3 a 5 dias. Durante esse tempo eles caem constantemente no fundo do aquário e são carinhosamente apanhados pelo pai e levados ao ninho. Além desta tarefa, o pai fica super atento na reconstrução do ninho.

Quando os alevinos começam a nadar normalmente na horizontal retire o macho com as mãos, pois se você retirá-lo com as redes poderá prender sem querer algum alevino. Deixe o macho em um pote individual e com a água na mesma temperatura que estava e comece a alimentá-lo bem.

Chega então o maior desafio para o criador que é alimentar os alevinos!!! O Alevino passa por um período crítico, compreendendo o período das primeiras duas semanas de vida. A primeira coisa a fazer é ligar o aerador com pedra porosa (bem fraca). Desta maneira você "quebra" a tensão superficial, oxigenando a água. Agora, comece a alimentá-los com náuplios de artêmia recém eclodidos e microvermes até a sexta semana. Na quarta semana você poderá acrescentar ao cardápio as enquitréias e a partir da décima semana comece a oferecer gradativamente as rações dadas aos adultos.

Para servir os microvermes você deve recolher água dos próprios alevinos (copinho), diluindo os microvermes e retornando ao aquário, lentamente, espalhando pro todo aquário.

A partir da 10ª semana você vai começar a distinguir o sexo dos alevinos. Os Machos normalmente são os maiores alevinos da ninhada. Tem um corpo mais alongado, nadadeiras mais desenvolvidas. As fêmeas tem um desenvolvimento menor e apresentam um ovipositor (ponto branco entre as nadadeiras pélvicas).

Logo que o macho é identificado pode ser separado em recipiente individual. Com 4 meses de idade você vai ter uma macho adulto de bom tamanho. Aos 6 meses eles já podem estar tendo seus próprios filhotes. E as fêmeas poderão continuar juntas sem nenhum problema.